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Geração Z rejeita pequenos grupos por medo de ‘não se encaixar’

Uma pesquisa realizada pela Barna oferece uma visão sobre os desafios do discipulado nas igrejas, especialmente para a Geração Z. O estudo analisou as dificuldades enfrentadas por essas gerações, com ênfase nas inseguranças sociais e na busca por orientação espiritual.

A pesquisa State of the Church, realizada em parceria com a plataforma de crescimento pessoal Gloo, mostrou que cerca de um quarto das pessoas que estão sendo discipuladas fazem parte de pequenos grupos, e esse formato não tem se mostrado eficaz para muitas pessoas mais jovens.

Os motivos incluem inseguranças sociais, como o medo de não se encaixar ou de ser rejeitado. Esses obstáculos são descritos como impeditivos para a participação em grupos de comunhão.

Os pesquisadores explicam que as gerações mais jovens, em comparação com as mais velhas, são mais propensas a evitar pequenos grupos por acreditarem que não se encaixariam, sentirem-se intimidadas ou temerem ser prejudicadas.

Entre os fatores identificados, destaca-se que os homens jovens frequentemente sentem que não seriam aceitos, enquanto as mulheres jovens costumam não querer participar sozinhas, principalmente por não conhecerem outros participantes. Esse cenário reflete um desafio para as igrejas, que precisam repensar a forma como apresentam os grupos pequenos, a fim de tornar os jovens mais receptivos.

Apesar disso, a pesquisa também revela que muitos adolescentes estão motivados a aprender sobre Jesus, especialmente na Geração Z. No entanto, essa motivação não se traduz necessariamente em maior participação nos grupos pequenos. A Geração Z e a Geração Y, por exemplo, tendem a procurar outros lugares para satisfazer suas necessidades de comunidade e relacionamento.

Os pesquisadores sugerem que as igrejas devem comunicar de maneira mais eficaz o valor único dos pequenos grupos e o papel especial de cada membro dentro da comunidade. Além disso, destacam a importância de envolver membros mais velhos dos grupos para que estes se esforcem ativamente para incluir os mais jovens, criando um ambiente acolhedor.

A pesquisa também revela que, quando se trata de questões espirituais, a Geração Z confia principalmente em suas mães, com 34% dos jovens recorrendo a elas em busca de respostas. Este dado reforça a importância das famílias no processo de formação espiritual dessa geração. Embora, ao longo do tempo, os jovens busquem maior autonomia espiritual, eles continuam a reconhecer a importância das figuras familiares e da comunidade de fé em sua jornada.

Em relação à preparação para os desafios do mundo contemporâneo, 80% dos membros da Geração Z acreditam que suas igrejas os prepararam para compreender as questões do mundo de hoje sob uma perspectiva bíblica.

Esse dado sugere que, embora haja uma tendência crescente de busca por uma espiritualidade mais autodirigida, a influência da igreja e das famílias continua sendo um componente essencial para o desenvolvimento espiritual dos jovens.

O desafio, portanto, é ajudar essa geração a integrar influências externas com sua busca pessoal por respostas espirituais à medida que envelhecem, conforme informado pelo portal The Christian Post.



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