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Pesquisa aponta rejeição ao governo Lula entre os evangélicos

Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada em 12 de junho indica que 50% dos evangélicos brasileiros avaliam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “ruim” ou “péssima”.

Entre católicos, o índice de reprovação é de 40%. A avaliação geral da população mostra 43% de críticas negativas, 25% de aprovação (“boa” ou “ótima”) e 29% como “regular”. É a segunda vez no mandato que a reprovação supera a aprovação.

Análises contrastantes

O pastor Delano Maia, presidente da Igreja Assembleia de Deus Fonte de Vida (Vitória-ES), atribui o cenário contra Lula à “deterioração generalizada dos indicadores econômicos, sociais e políticos” e a “escândalos de corrupção envolvendo estatais e INSS”.

Já o presbítero Ariovaldo Ramos, da Comunidade Cristã Reformada (São Paulo), aponta que evangélicos são “impermeáveis às ações do governo, em grande parte devido às fake news disseminadas na bolha evangélica”, com desconfiança ancorada em “discursos morais distorcidos”.

Divisões socioeconômicas e regionais

  • Renda: 59% dos que ganham acima de 5 salários mínimos rejeitam o governo, contra 33% de aprovação entre quem vive com até 1 salário mínimo.

  • Escolaridade: 51% dos entrevistados com ensino superior reprovam a gestão, ante 36% entre os menos escolarizados.

  • Região: O Nordeste mantém o maior apoio (38% de avaliação positiva), enquanto Norte e Centro-Oeste registram 50% de rejeição.

  • Demografia: Homens reprovam mais (48%) que mulheres (39%). Entre brancos, a desaprovação chega a 47%, contra 40% entre pretos e pardos.

Falhas de comunicação

Ramos critica a estratégia governamental: “Ignorar que o movimento evangélico construiu uma nova cultura foi um erro”. Maia enfatiza o papel das redes sociais na formação de opinião, citando “distorções da mídia tradicional” e “perseguição a veículos independentes”.

Cenário complexo

Enquanto Maia declara não ver “nada que mereça elogio” no governo, Ramos defende que sua igreja mantém postura favorável à gestão. Os dados sugerem que o Planalto enfrenta simultaneamente desafios concretos (inflação, escândalos) e subjetivos (narrativas morais e resistência cultural), com divisões que persistem entre bases eleitorais e grupos religiosos.



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