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Enem: Filmes e músicas que ajudam no vestibular – 09/08/2025 – Educação

Ao integrar filmes, séries, músicas e podcasts a rotina de estudos pode ser uma forma prazerosa de aprender. Esses conteúdos ajudam a desenvolver habilidades essenciais para quem está se preparando para o Enem e outros vestibulares.

Mais do que um momento de descanso, consumir conteúdos audiovisuais com um olhar atento pode se transformar em uma estratégia de estudo. Filmes que abordam temas sociais, músicas com letras críticas e podcasts que discutem atualidades são fontes de informação.

Ao incluir esses materiais no dia a dia, o estudante amplia o repertório sociocultural de forma natural, o que pode fazer a diferença na hora de interpretar questões e construir bons textos.

A seguir, reunimos uma seleção de filmes, podcasts e músicas recomendados por especialistas ouvidos pela Folha, que podem ser grandes aliados na preparação dos exames.

Filmes

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, o longa é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. A obra retrata a história de sua mãe, Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), e o desaparecimento de seu pai, Rubens Paiva (Selton Mello), durante a ditadura militar no Brasil.

O filme não apenas mergulha no drama pessoal de Eunice, mas também evidencia os impactos devastadores do regime autoritário sobre milhares de famílias brasileiras, destacando o papel fundamental das mulheres na resistência.

O filme acompanha o cotidiano do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro, sob o comando do capitão Roberto Nascimento (Wagner Moura), que busca deixar a corporação e encontrar um substituto à altura.

Em meio a essa transição, ele e sua equipe enfrentam os dilemas da violência urbana e da corrupção, especialmente na fictícia comunidade do Morro do Turano, revelando os conflitos éticos e morais do combate ao crime.

Dora (Fernanda Montenegro), uma ex-professora amarga e cética, ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos na movimentada estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Sua rotina muda drasticamente ao conhecer Josué, um menino que perdeu a mãe tragicamente.

Movida por um impulso inesperado, Dora decide acompanhar o garoto em uma jornada pelo sertão nordestino em busca do pai desaparecido, embarcando em uma travessia que transforma a vida de ambos.

Inspirado na vida de Luiz Gama, um ex-escravizado que se tornou um dos primeiros advogados negros do Brasil, o filme retrata sua luta pela abolição e pelos direitos civis no século 19. Como ativista, poeta e jurista, Gama enfrentou o racismo estrutural da sociedade brasileira e atuou na libertação de centenas de pessoas escravizadas, deixando um legado de justiça social e cidadania.

Baseado em uma história real, o filme narra a trajetória de Carl Brashear, o primeiro mergulhador negro da Marinha dos Estados Unidos, nos anos 1950. Enfrentando um ambiente marcado por forte racismo, Carl supera inúmeros obstáculos impostos por seus colegas e superiores. Sua determinação, coragem e integridade acabam por lhe render respeito e reconhecimento, tornando-o símbolo de resistência e superação.

Ambientado em uma escola alemã, o filme acompanha um experimento social conduzido pelo professor Rainer Wenger. Contra sua vontade, ele a ssume a disciplina sobre autocracia e decide ilustrar o conceito criando um regime autoritário fictício com seus alunos.

Batizado de “A Onda”, o grupo adota uniforme, saudação e uma organização hierárquica. O que começa como uma simulação educativa rapidamente foge do controle, ultrapassando os limites da sala de aula e se espalhando pela cidade, com consequências alarmantes.

O filme explora os últimos 19 dias de vida de Getúlio Vargas (Tony Ramos), então presidente do Brasil, cercado por uma intensa crise política. Acusado de envolvimento no atentado ao jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), Vargas se vê pressionado por seus opositores e pelo próprio governo. Isolado no Palácio do Catete, ele reflete sobre o destino do país e os riscos de sua permanência no poder, culminando na dramática decisão de tirar a própria vida.

Podcasts

Lucas Monteiro, repórter e produtor da editoria de podcasts da Folha, preparou uma seleção de programas que podem ser aliados na preparação para os vestibulares.

O podcast mais importante do seu dia, com análises, contexto e bastidores do que de mais relevante acontece no Brasil e no mundo, sempre com a participação de jornalistas da Folha ou especialistas nos principais temas.

Podcast da Folha conta a história de todos os presidentes do Brasil, de Deodoro da Fonseca a Jair Bolsonaro. Um mergulho no país do século 19 ao 21, suas transformações, seus problemas, suas virtudes a partir das histórias das pessoas.

Feito Icles Rodrigues, historiador e mestre em história pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), ele aborda fatos históricos de maneira acessível e aprofundada, com episódios que giram em torno de 1h e explica desde grandes eventos, a personalidades e ditos populares.

Cada temporada tem uma temática específica para olhar para os jovens e quais são suas culturas, seus interesses e suas conexões. A sétima temporada, última disponível até o momento, abordou multiculturalismo, oralidade e influência afro diaspórica no Brasil. Mas o programa também já falou sobre como essa geração lida com redes sociais, escola entre outros.

Apresentado pelo jornalista Tiago Rogero, o projeto Querino foi publicado no contexto das comemorações de 200 anos da independência do Brasil, mas com um olhar diferenciado: pela história das pessoas pretas. Material fundamental para entender a desigualdade e reflexões de um país.

Ao estilo do História FM, busca simplificar e amplificar a divulgação científica, através de apuração rigorosa e fontes confiáveis. Uma boa maneira de entender mais dessa área.

Política e economia internacional de maneira rápida e descomplicada, feita por quem entende de relações internacionais e ciência política. Tudo de mais relevante que acontece no mundo passa pelo Petit Journal.

Músicas

Jonas Stanley, diretor pedagógico do PB Colégio e Curso, da Rede Inspira, e Victor Santos, coordenador pedagógico da Elite Rede de Ensino, reuniram uma lista de músicas que se destacam por seu conteúdo reflexivo e interessante sobre o repertório sociocultural dos estudantes. As canções abordam temas que ajudam para a compreensão da sociedade.

Apesar de ter sido escrita há quase 50 anos, essa música ainda transmite percepções atuais da realidade. Com uma abordagem crítica e sensível, a letra reflete sobre questões sociais e políticas e atravessa o tempo com reflexões sobre o Brasil.

Uma das canções mais famosas de Raul, traz uma reflexão bem-humorada (e ao mesmo tempo profunda) sobre o modo como muitas vezes associamos sucesso à ideia de status e bens materiais. O título faz referência à pirita, conhecida como “ouro de tolo”, por ser um mineral que se parece com o ouro, mas não tem valor comercial.

A fim de driblar a censura dos anos 1970, Gilberto Gil e Chico Buarque compuseram esta música com um sentido figurado, explorando metáforas em todos os versos. O título é um parônimo de ‘cale-se’, ao mesmo tempo em que também faz referência ao ‘cálice’ que Jesus Cristo pede para que se afaste Dele, indicando o duplo sentido de “fique calado” e “afaste sofrimento e opressão”. A letra é um exemplo marcante de como artistas encontraram formas criativas de se expressar mesmo diante das restrições do período.

  • A carne (escrita por Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Capelletti, mas ficou famosa na voz de Elza Soares)

Lançada em 1998, a canção aborda de forma contundente questões relacionadas ao racismo e à estrutura social brasileira. Com o verso marcante “A carne mais barata do mercado é a carne negra”, a obra chama atenção para a histórica desigualdade enfrentada pela população negra no país. Ao mesmo tempo, trechos como “…seguram esse país no braço” reconhecem a força, a resistência e a contribuição fundamental deste povo para a construção do Brasil —uma mensagem que segue relevante até os dias de hoje.

  • Apesar de você (Chico Buarque) e Para não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré)

Ambas as músicas se tornaram hinos de resistência contra a ditadura militar no Brasil. São consideradas símbolos de coragem diante da opressão que ocorria no país. Podem ser citadas como repertório para temas como para liberdade, cidadania, repressão, ditadura e esperança (Apesar de você).

  • Construção (Chico Buarque)

A letra desta canção descreve um trabalhador da construção civil que morre tragicamente no exercício de sua função. Nesta música, Chico Buarque nos mostra como a vida do operário é descartável frente a lógica capitalista. É uma crítica à falta de valorização da vida do trabalhador. Pode ser citada como repertório para temas como trabalho, desigualdade, alienação e desumanização do trabalho.

  • Xote ecológico (Luiz Gonzaga)

A canção trata da problemática envolvendo os impactos da devastação ambiental e como algumas ações humanas prejudicam o desenvolvimento ambiental. Pode ser citada como repertório para temas como meio ambiente, sustentabilidade, crise ambiental e o papel da sociedade na preservação da natureza.

A canção pode ser utilizada para discutir o comportamento da elite brasileira e como o estilo da elite urbana é idealizado por grupos em ascensão social. Propõe uma reflexão crítica acerca do consumo como símbolo de status e identidade. Pode ser citada como repertório para temas como contradições do consumo, ascensão social, estereótipo de classe no Brasil e estilo de vida da elite urbana.

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