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cristão é morto por radicais contrariados por evangelismo

Em um dia tenso, Zahra, líder de um ministério de mulheres cristãs no Iêmen, recebeu uma ligação informando sobre a morte de Anis, um membro ativo da comunidade cristã.

Ambos realizavam visitas e encontros para compartilhar ensinamentos sobre Jesus: “Eu realmente gosto do meu ministério. Costumava falar com moças e mulheres enquanto Anis servia aos homens. Foi um tempo frutífero e Deus trabalhava por meio de nós. Entretanto, quando extremistas assumiram nossa cidade, Anis começou a receber diversas ameaças: ‘Seu infiel, vamos matar você’”, relatou Zahra.

Temendo pelo próprio futuro, Anis pediu a Zahra que cuidasse de sua esposa, Rania, e dos filhos caso as ameaças se concretizassem: “Quero que você cuide de minha esposa e de meus filhos. Ela não será capaz de lidar com isso sozinha”, disse. Zahra tentou tranquilizá-lo, mas o pior aconteceu. “Ele foi morto por ser cristão”, disse a líder do ministério, emocionada.

A morte de Anis marcou profundamente Zahra, que precisou de tempo para lamentar e se reerguer espiritualmente. Algumas semanas depois, decidiu cumprir a promessa que havia feito.

“Precisava estar presente com a esposa e os filhos dele. Não podia continuar me escondendo e me afogando em tristeza”, afirmou. Ao visitar Rania, encontrou uma mulher devastada pela perda repentina do marido. “Ela se tornou viúva e mãe solo de duas crianças da noite para o dia. Eu precisava contar a ela sobre Jesus. Apenas ele podia ajudá-la”, acrescentou.

Os filhos de Anis também enfrentaram trauma profundo. Zahra relatou que o mais velho questionava a fé do pai: “Se meu pai não fosse cristão, ainda estaria vivo”. Os meninos, ao verem homens armados na rua, associavam-nos à morte do pai, apontando e dizendo: “Esse homem matou Baba”.

Apesar do perigo iminente, Zahra seguiu comprometida com sua fé. “Vivemos entre lobos e sabemos disso. Eu escolhi esse caminho e sei as provacões que resultaram disso. Jesus tomou minha dor, sofrimento e culpa. Agora é minha vez de carregar a cruz”, afirmou.

Perseguição no Iêmen

O Iêmen é considerado um dos países mais hostis para cristãos. O islamismo é a religião oficial, e a legislação é baseada na sharia, o que torna a prática do cristianismo arriscada.

Além disso, o país enfrenta uma guerra civil há mais de dez anos, intensificando a instabilidade e ampliando os riscos para minorias religiosas.

A morte de Anis não foi um caso isolado. Zahra contou que as ameaças eram frequentes. Em um episódio anterior, ela e Anis caminhavam juntos quando ele recebeu mensagens afirmando: “Queremos matar você hoje, mas vimos que está acompanhado. Não queremos prejudicá-los, mas vamos atrás de você”. Embora Zahra tenha minimizado o alerta na época, a violência acabou se concretizando. Uma semana depois, Anis foi assassinado em plena luz do dia, diante dos próprios filhos.

Os nomes foram alterados por questões de segurança, de acordo com informações da Missão Portas Abertas.

A perseguição a cristãos no Iêmen continua sendo uma realidade severa, com crentes enfrentando ameaças, ataques e mortes por causa de sua fé. Diante desse cenário, organizações cristãs atuam na capacitação de líderes e no suporte às igrejas locais, permitindo que a fé seja sustentada mesmo em um ambiente de extrema hostilidade.



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