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Educação midiática ‘made in Brazil’ – 30/10/2025 – Educação

O Brasil fez bonito na conferência global da UNESCO dedicada à educação midiática, celebrando práticas e projetos que sensibilizam a sociedade para os riscos mas, principalmente, amplificam as oportunidades proporcionadas pelas tecnologias digitais. Realizada na semana passada em Cartagena de Índias, na Colômbia, a conferência deste ano discutiu como a inteligência artificial tem remodelado o ambiente informacional, demandando um olhar cada vez mais crítico de todos nós.

“A transformação digital precisa caminhar de mãos dadas com a educação e a inclusão”, salientou Tawfik Jelassi, diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO, na abertura do evento. Precisamos construir um mundo em que a educação midiática “não seja um privilégio, mas um direito fundamental”.

Alinhado a esse propósito, o EducaMídia —programa de educação midiática do Instituto Palavra Aberta— apresentou em Cartagena sua proposta de como incluir o letramento algorítmico nos currículos escolares, expandindo o escopo da educação digital e midiática. Professores e especialistas internacionais que participaram da oficina iniciaram sua reflexão com um exercício de geração de imagens de IA a partir do comando “Gerar uma imagem de pessoa brasileira adulta de origem indígena”, debatendo os resultados estereotipados ou predominantemente sensuais.

Outras sessões discutiram o desafio de promover a inclusão digital e midiática da população 60+ à medida que boa parte de nossas interações com o mundo acontecem em ambientes eletrônicos, seja para acessar informações ou serviços fundamentais presentes em aplicativos como o gov.br. O Palavra Aberta esteve ainda na mesa em que o governo brasileiro relatou como a educação midiática ganha recortes e abordagens diversas no país, principalmente a partir de parcerias com Estados e municípios em contextos educacionais e tecnológicos variados.

A conferência global também foi palco para o lançamento, pelo governo, da 2.ª edição da Estratégia Brasileira de Educação Midiática. O documento organiza os eixos de atuação e prioridades da política no país, como formação de professores e enfoque na educação básica. Desde a versão anterior, lançada em 2023, a educação midiática foi inserida nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e tornou-se obrigatória no currículo de todas as escolas a partir de 2026.

A UNESCO também lançou documentos importantes durante o evento, incluindo diretrizes para integrar a educação midiática nas plataformas digitais em que ressalta a necessidade de um compromisso multissetorial para habilitar a sociedade a utilizar a internet de forma mais crítica, segura e consciente. O plano de ação baseia-se no entendimento de que a capacitação dos indivíduos precisa também estar no radar das próprias plataformas, em design e experiências fundamentados nos princípios dos direitos humanos.

Nas palavras do diretor da UNESCO, a educação midiática deve ser “nossa bússola na era da inteligência artificial“.

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