Provas de ingresso no ensino superior não se limitam a fórmulas abstratas quando o assunto é matemática. Cada vez mais, questões exploram situações ligadas ao dia a dia, como calcular o impacto da inflação no salário, estimar o rendimento de um investimento ou medir a variação do poder de compra de uma família.
O candidato se depara, muitas vezes, com um texto ou gráfico que descreve um cenário econômico real e precisa traduzir essa informação em cálculos. Não basta lembrar de porcentagem ou regra de três: é preciso interpretar dados, relacionar variáveis e entender o que cada número representa.
Esse tipo de abordagem amplia a cobrança para além do conteúdo matemático puro. Ao propor um contexto, as provas avaliam também a capacidade de leitura crítica e de raciocínio lógico. É comum que um mesmo enunciado dialogue com geografia, atualidades e até hábitos de consumo.
Os enunciados podem trazer desde tabelas de índices de preços até pequenas crônicas sobre o avanço dos serviços por aplicativo ou mudanças na forma de se alimentar. A partir desse pano de fundo, o estudante precisa responder a perguntas que envolvem cálculos de juros simples e compostos, taxas de crescimento ou defasagem salarial.
A seguir, três questões de edições passadas mostram como conceitos de matemática financeira são incorporados às provas.
(Disponível em: http://www.dieese.org.br – adaptado.)
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