“Quantos anos ele tem, 18? É muito impressionante.” Apesar da facilidade com que venceu seus dois confrontos com João Fonseca, Jack Draper diz que não se ilude: será cada vez mais difícil derrotar o brasileiro.
“Eu tenho 23. Então, ele só precisa de tempo. Já está entre os 50 melhores do mundo. Está fazendo coisas incríveis, e sua experiência e tudo mais só vão crescer com mais partidas, mais experiência jogando contra os melhores jogadores, mais tempo praticando o jogo. Ele só vai melhorar. Vai ser assustador o que ele vai conseguir alcançar, tenho certeza”, afirmou.
Draper lembrou que em sua vitória anterior sobre Fonseca, em março, em Indian Wells, as condições do tempo foram parecidas, com muito calor, o que deixa a bola mais rápida e favorece seu jogo. Na ocasião, fez 6/4 e 6/0. Em Roland Garros, em disputa melhor de cinco sets, fez 6/2, 6/4 e 6/2.
“Sinto que nas duas vezes em que joguei contra ele estava calor e eu consegui fazer a bola subir. Ele é alguém que gosta de bater com força. Quando a bola está aqui na altura do ombro”, disse, fazendo o respectivo gesto com a mão, “é mais difícil continuar acertando winners e indo atrás da bola”.
O britânico abusou dos “drop shots”, as bolas curtas durante o jogo, quase sempre com êxito. Ele jurou que não treina essa jogada (“quanto mais treino, pior fico”). Mas disse ter sentido que, principalmente no final do segundo set e durante o terceiro, o brasileiro já não tinha condições físicas de subir à rede para alcançar as deixadas.
Para Draper, a ascensão de Fonseca é questão de ganhar experiência.
“Nas vezes em que joguei contra João, ele veio muito agressivo e físico, e eu consegui chegar bola após bola. Por isso, talvez ele tenha sentido que precisava fazer demais. Mas acho que é apenas experiência, tempo e experiência, porque você já passou por isso antes e vai conseguir novamente.”
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