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Mãe e filha morrem de malária após viagem internacional – 15/11/2025 – Equilíbrio e Saúde

As missionárias Lúcia e Cibele Lisboa, mãe e filha, morreram no dia 12 de novembro por complicações causadas pela malária.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais, Cibele, 48, procurou atendimento médico em 9 de novembro, foi medicada e liberada.

Dois dias depois, apresentou piora do quadro clínico e foi transferida para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), onde morreu.

A doença foi provocada pelo protozoário Plasmodium falciparum, que transmite a malária a humanos. A infecção se dá pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, conhecido como carapanã, muriçoca, sovela e bicuda. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.

Em Lúcia, os sintomas da malária começaram no dia 8 de novembro. Ela recebeu atendimento e morreu —na mesma data que a filha— em São Paulo, onde morava. As duas foram enterradas na quinta-feira (13), no Cemitério Memorial Parque Jaraguá, na Vila Sulina, distrito de Anhanguera, zona norte da capital paulista.

Lúcia e Cibele viajaram para a Europa juntas. Por algum motivo ainda a ser esclarecido o avião precisou pousar em Angola, na África. Segundo as primeiras informações, durante a escala, as duas permaneceram cerca de cinco horas dentro do aeroporto.

A Prefeitura de Pouso Alegre disse que os fatos serão apurados com a família, em respeito ao luto, após alguns dias.

De janeiro a 11 de novembro de 2025, o Brasil registrou 95.556 casos de malária —apenas 15 ocorreram na região extra-amazônica.

No ano passado inteiro, houve 138.618 nos nove estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Amapá, Tocantins e Maranhão) e 19 nos demais locais do país. Os dados são do Ministério da Saúde.

O Brasil, por meio do Plano Nacional de Eliminação da Malária, se comprometeu a chegar a 2030 com menos de 14 mil casos e alcançar o objetivo final até 2035.

A malária é uma doença infecciosa que tem cura, mas pode evoluir para formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma adequada.

Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Prostração, convulsão, alteração da consciência, pressão arterial baixa ou choque, dispneia ou respiração rápida e profunda, e hemorragia são sinais de agravamento da doença.

Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com medicação fornecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende da espécie do protozoário infectante, da idade e do peso do paciente, de condições associadas, tais como gravidez e comorbidades, além da gravidade da doença.

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