
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (4) a instauração de um novo inquérito contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão ocorre um dia depois da parlamentar anunciar que deixou o Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Mais cedo, Moraes determinou a prisão preventiva e o bloqueio das redes sociais de familiares da deputada. Na decisão, o ministro apontou que a “evasão” de Zambelli do território nacional visa impedir o cumprimento da lei e da decisão judicial.
Por isso, o novo inquérito tem como objetivo apurar a suposta prática dos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
A Polícia Federal deve tomar o depoimento da parlamentar no prazo de 10 dias, além de monitorar e preservar o conteúdo das redes sociais vinculadas a ela. Como Zambelli está no exterior, Moraes autorizou que os esclarecimentos sejam dados por escrito e que a notificação ocorra também por meios eletrônicos.
Moraes também deu prazo de 30 dias para que o Banco Central forneça informações detalhadas sobre os valores e remetentes de transferências via Pix recebidas por Zambelli, que pediu doações via Pix nas redes sociais para pagar as custas do processo. Segundo ela, as doações somaram R$ 166 mil, antes de sua viagem aos Estados Unidos.
Além da pena de prisão, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli a perda do mandato e ao pagamento de multa no valor de R$ 2 milhões em danos morais e materiais pela invasão do sistema do CNJ.













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