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Projeto Xadrez Quilombola é finalista em prêmio nacional de educação antirracista

O projeto ‘Xadrez Quilombola’, desenvolvido no Colégio Estadual Júlio César Teodoro, de Flores de Goiás, alcançou visibilidade nacional e é um dos finalistas do ‘Prêmio Professor Porvir’, que destaca iniciativas inovadoras de educadores brasileiros. A proposta foi construída pelos professores Gisele Andrade da Silva e Luiz Carlos Silva Junior, do programa GoiásTec. Eles recriaram o tradicional jogo de xadrez com personagens quilombolas.

Por exemplo, os peões foram substituídos pelos escravizados. O rei foi substituído por Ganga Zumba, o primeiro rei do Quilombo dos Palmares. A rainha é Dandara, guerreira negra que dominava técnicas de capoeira e lutava nos ataques ao quilombo. As peças foram confeccionadas por costureiras da cidade e são colocadas sobre um tapete nas cores verde e branco.

“Nasceu a ideia de aplicar no jogo personagens quilombolas e fazer o resgate da tradição e cultura deles, para que os alunos fossem parte do processo. Trabalhamos para fazer o material do tabuleiro e das peças com materiais recicláveis e orgânicos retirados da região”, explica o professor Luiz Carlos. Ele se aproximou da comunidade durante suas atividades pelo programa GoiásTec, que o levou para as regiões de difícil acesso. “Essa vivência foi essencial”, completa.

Gisele, que nasceu e cresceu na comunidade quilombola Canabrava, localizada em Flores de Goiás, compartilhou a motivação que a levou a iniciar o projeto. “Há 11 anos, quando decidi me tornar professora, assumi o compromisso de levar à sala de aula a valorização da nossa comunidade, as riquezas e as conquistas dos nossos ancestrais”, destacou. “O Xadrez Quilombola é mais do que um jogo; é um instrumento de resistência”, afirma.

Prêmio Professor Porvir

O Prêmio Professor Porvir, da organização sem fins lucrativos de mesmo nome, celebra iniciativas que transformam o ambiente escolar e que inspiram alunos e professores a serem protagonistas de mudanças sociais. O prêmio também contribui para fortalecer a educação antirracista, reconhecendo e valorizando a proposta de como o ensino pode ser uma ferramenta na promoção da equidade. A premiação está marcada para abril de 2025, em São Paulo (SP).

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